domingo, 28 de maio de 2017

ZÉ BORREGO- O serial killer que passeou com um cadáver numa mala

ZÉ BORREGO- O serial killer que passeou com um cadáver numa mala, de Paço de Arcos até Setúbal
Aos 9 anos, o jovem José Domingues Borrego levava o gado a pastar para os montes de Penamacor, onde por distração perdeu uma cabra. Quando chegou a casa foi severamente sovado pelo pai, durante dias a fio.
Mais tarde, Borrego tornara-se num vendedor ambulante, mas também um brutal assassino em serie.
Data de 1970 os crimes deste homem corpulento e musculado- Após algumas pesquisas fiquei dividida relativamente ao seu "motivo" para matar. Se por um lado constou-se que seduzia homossexuais e depois os matava nas pensões, atirando depois os cadáveres ao rio Tejo, também li que o crime pelo qual foi apanhado, devera-se a um desentendimento com o seu ajudante( Borrego era vendedor ambulante) que lhe pedira 5 contos para ir para França,mas que no dia seguinte teria mudado de ideias, não tencionando devolver o dinheiro. A discussão instalara-se e Borrego acabou por o sufocar e, em sequência esmagou-lhe a cabeça com um calhau. Por fim, deitou-se ao lado do cadáver e assim pernoitou a pensar como havia de se livrar do corpo. Comportamento estereotipo de um psicopata que não demonstra sentir qualquer emoção pela vitima.
Pelo que pesquisei não se pode afirmar que seria um homem com transtornos mentais, ou que sofresse de alguma psicose grave. Talvez o seu impulso de matar se devesse a ser um individuo extremamente agressivo, que não sabia quando parar, quando atacava as vitimas. Contudo não matava por prazer, mas sim por reacção a discussões e provocações.
Entre as ferramentas existentes na barraca onde vivia, Borrego encontrar um serrote, e sem delongas começou a serrar o corpo, colocando as partes numa mala de madeira.
Borrego chegou à estação de Paço de Arcos pelas sete da manhã e ali apanhou o comboio para Alcântara. Ai tomou um táxi até Campolide, onde apanhou novo comboio até Moscavide.
Carregar um corpo dentro de uma mala é cansativo, e já com sede, Borrego parou na taberna da "ti Aldina" e ali bebeu vinho fresco. Contudo, alguns clientes começaram a sentir-se incomodados com o sangue que escorria da mala. Nisto, Borrego fez-se de novo à estrada até ao vazadouro municipal onde se livrou da cabeça e das pernas do ajudante.
Decidira não deixar a mala naquele local, então regressara com ela as costas para a barraca.
No dia seguinte, o trajecto fora para sul. De novo com a mala às costas, apanhou o comboio para o cais do sodré, depois o barco até Cacilhas e dai uma camioneta até Setúbal, onde conhecia um descampado que tinha um poço, "local ideal para despejar um cadáver", considerou.
Contrariamente à maioria dos "Serial killers", Borrego não era um homem inteligente, e descuidado como era deixara pistas em todo o lado por onde passava, não fosse ele um homem robusto com 90 kgs para apenas 1.73 de altura. Quando regressou, tinha a policia à sua espera. na esquadra confessara outros crimes, e assim foi condenado à pena máxima.
Enforcou-se na cela, usando as próprias calças como forca.

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