segunda-feira, 10 de abril de 2017

4 tipos de personalidade improdutivos


Erich Fromm  (Psicanalista Alemão) identificou vários tipos de personalidade aos quais chamou "improdutivos". Estes permitem à pessoa evitar assumir uma verdadeira responsabilidade quanto aos seus próprios atos e impedem um desenvolvimento pessoal improdutivo.

São eles:

Os receptivos
Não têm outra escolha que não seja aceitar o seu papel e nunca lutam por mudar ou melhorar


Os exploradores

São agressivos e egoístas, propensos a atos de coacção e plágio.

Os acumuladores

Lutam por conservar o que têm e procuram obter sempre mais.

Os mercantis
Vendem tudo, e em particular a própria  imagem.

Os necrófilos

Só procuram destruir. São profundamente temerosos, e de natureza desordenada. São propenso à dor, doença e morte. 


Dar à luz a si mesmo

O traço que define a humanidade é a capacidade de encontrar um sentido na vida. Isto determina o facto que sigamos um caminho de alegria e plenitude ou em alternativa a insatisfação ou conflito. O homem separou-se da natureza quando expandiu o seu intelecto. 

Se podemos considerar que a dor é inerente à vida, podemos e devemos tornar essa dor suportável, atribuindo significado na procura de um "eu" verdadeiro. 

O homem vive em estado de luta, numa procura incessante de equilíbrio da sua natureza e necessidade de vínculos. 

Quando estamos a amar perdemos a nossa singularidade ou roubar a da outra pessoa. O nosso desejo de sermos um leva-nos querer ver reflectido o nosso ser nos outros, o que nos leva a impor aos outros os nossos traços. 

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Violação sexual em criança, danos mentais e cura



Violação sexual em criança, danos mentais e cura.


Violação ou abuso sexual 

Este flagelo, infelizmente bate-nos à porta quase diariamente, quer seja através das noticias televisivas, jornais, ou até mesmo nas redondezas de onde vivemos. 

Ao pesquisar a pagina da APAV ( associação Portuguesa de apoio à vitima) pode-se perceber que existe uma diferença de entre ambas as práticas:
"Em Portugal Ambas são formas de violência sexual, mas representam crimes diferentes no Código Penal Português. 
O abuso sexual é a prática de ato sexual com crianças com menos de 14 anos de idade ou o ato de levar essa criança a praticar atos sexuais com outra pessoa. A violação envolve o uso da força física, da violência, da ameaça, do abuso da autoridade ou da colocação da vítima num estado de incapacidade de resistir para concretizar a violência sexual. A violação pode envolver diferentes atos sexuais forçados, por exemplo: penetração anal, vaginal, oral; prática de sexo oral. "

A maioria das vitimas são do sexo feminino com idades entre os 6 e os 14 anos de idade. Este crimes são cometidos por adultos que estão (as idades são muito variáveis, mas na maioria sao 5 anos mais velhos que as vitimas) perto das crianças quase diariamente ( Professores, treinadores, ou até parentes). A Internet também é um meio usado pelos pedófilos para atrair vitimas. 

A "relação" entre predador / vitima 

Testemunhos obtidos através de vitimas em tribunal, revelam que a vergonha e o medo da "humilhação" são os principais factores que mantém a criança molestada em silencio. 
Nas situações em que o "perigo mora em casa" ( padrasto, etc), a criança pode manter-se fechada, para nao ser a protagonista da separação da mãe e seu companheiro. Contudo, existem situações em que a própria mãe tem conhecimento do crime, mas opta pelo silencio e passividade, ora por medo de represálias, ora por devaneio psico sexual.

Danos psicológicos 

O abuso /violação sexual causa lesões internas na crianca, gerando dificuldades extremas na sua capacidade de se relacionar afectivamente no decorrer do seu crescimento. 
A relação de confiança entre esta e as pessoas que estão à sua volta fica seriamente comprometida. Estes danos agravam-se ainda mais quando o acto é cometido por alguém da sua confiança, pois este tipo de violência fere a auto estima e confiança.  

A síndrome mais comum desenvolvida pelas vitimas de abuso é conhecida como "Síndrome de criança mal tratada". Foi assim chamada pela primeira vez em 1961 por Henry Kempe. Este pediatra descreveu acerca do tratamento violento a que crianças e adolescentes vinham sendo submetidos, especialmente em família: Este deparou-se com crianças e adolescentes marcados por múltiplas fracturas consolidadas, cicatrizes e outras lesões.

A dificuldade de reconhecimento de que crianças e adolescentes recebiam maus-tratos por parte de adultos ao longo da história da humanidade reflete a dificuldade de entendimento dos adultos de que o poder que possuem sobre os mais frágeis de sua espécie deve servir apenas para melhorar a sociedade futura, proporcionar sua evolução.



Cura ou intervenções terapêuticas 


Sabe-se que o conhecimento do impacto que o abuso sexual pode desenvolver propicia a muitos terapeutas a compreensão dos problemas relacionados ao tratamento das vítimas de abuso sexual. . Os tratamentos podem ser individuais, familiares, em grupo ou farmacológicos.

O tratamento tem como objectivo único aliviar o trauma experienciado pela vítima; promover crescimento pessoal e melhores formas de comunicação; aliviar a culpa que a criança possa sentir como resultado do abuso; prevenir condutas auto destrutivas; prevenir subsequentes disfunções das relações emocionais e sexuais 
Existem diferentes tipos de intervenção segundo o tipo de abuso e problemas da criança, dados que se obtêm previamente mediante a avaliação. 
 Faz-se referência a diferentes escolas: psicanalítica, comportamental, cognitiva e humanista. Referem-se técnicas de psicoterapia infantil como discussões, jogo, teatro, desenho, redacções, relaxamento, musicoterapia.