Violação sexual em criança, danos mentais e cura.
Violação ou abuso sexual
Este flagelo, infelizmente bate-nos à porta quase diariamente, quer seja através das noticias televisivas, jornais, ou até mesmo nas redondezas de onde vivemos.
Ao pesquisar a pagina da APAV ( associação Portuguesa de apoio à vitima) pode-se perceber que existe uma diferença de entre ambas as práticas:
"Em Portugal Ambas são formas de violência sexual, mas representam crimes diferentes no Código Penal Português.
O abuso sexual é a prática de ato sexual com crianças com menos de 14 anos de idade ou o ato de levar essa criança a praticar atos sexuais com outra pessoa. A violação envolve o uso da força física, da violência, da ameaça, do abuso da autoridade ou da colocação da vítima num estado de incapacidade de resistir para concretizar a violência sexual. A violação pode envolver diferentes atos sexuais forçados, por exemplo: penetração anal, vaginal, oral; prática de sexo oral. "
A maioria das vitimas são do sexo feminino com idades entre os 6 e os 14 anos de idade. Este crimes são cometidos por adultos que estão (as idades são muito variáveis, mas na maioria sao 5 anos mais velhos que as vitimas) perto das crianças quase diariamente ( Professores, treinadores, ou até parentes). A Internet também é um meio usado pelos pedófilos para atrair vitimas.
A "relação" entre predador / vitima
Testemunhos obtidos através de vitimas em tribunal, revelam que a vergonha e o medo da "humilhação" são os principais factores que mantém a criança molestada em silencio.
Nas situações em que o "perigo mora em casa" ( padrasto, etc), a criança pode manter-se fechada, para nao ser a protagonista da separação da mãe e seu companheiro. Contudo, existem situações em que a própria mãe tem conhecimento do crime, mas opta pelo silencio e passividade, ora por medo de represálias, ora por devaneio psico sexual.
Danos psicológicos
O abuso /violação sexual causa lesões internas na crianca, gerando dificuldades extremas na sua capacidade de se relacionar afectivamente no decorrer do seu crescimento.
A relação de confiança entre esta e as pessoas que estão à sua volta fica seriamente comprometida. Estes danos agravam-se ainda mais quando o acto é cometido por alguém da sua confiança, pois este tipo de violência fere a auto estima e confiança.
A síndrome mais comum desenvolvida pelas vitimas de abuso é conhecida como "Síndrome de criança mal tratada". Foi assim chamada pela primeira vez em 1961 por Henry Kempe. Este pediatra descreveu acerca do tratamento violento a que crianças e adolescentes vinham sendo submetidos, especialmente em família: Este deparou-se com crianças e adolescentes marcados por múltiplas fracturas consolidadas, cicatrizes e outras lesões.
A dificuldade de reconhecimento de que crianças e adolescentes recebiam maus-tratos por parte de adultos ao longo da história da humanidade reflete a dificuldade de entendimento dos adultos de que o poder que possuem sobre os mais frágeis de sua espécie deve servir apenas para melhorar a sociedade futura, proporcionar sua evolução.
Cura ou intervenções terapêuticas
Sabe-se que o conhecimento do impacto que o abuso sexual pode desenvolver propicia a muitos terapeutas a compreensão dos problemas relacionados ao tratamento das vítimas de abuso sexual. . Os tratamentos podem ser individuais, familiares, em grupo ou farmacológicos.
O tratamento tem como objectivo único aliviar o trauma experienciado pela vítima; promover crescimento pessoal e melhores formas de comunicação; aliviar a culpa que a criança possa sentir como resultado do abuso; prevenir condutas auto destrutivas; prevenir subsequentes disfunções das relações emocionais e sexuais
Existem diferentes tipos de intervenção segundo o tipo de abuso e problemas da criança, dados que se obtêm previamente mediante a avaliação.
Faz-se referência a diferentes escolas: psicanalítica, comportamental, cognitiva e humanista. Referem-se técnicas de psicoterapia infantil como discussões, jogo, teatro, desenho, redacções, relaxamento, musicoterapia.